segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Uma proposta de emprego

Segunda-feira para muita gente é o dia mais indesejado da semana, é quando a rotina recomeça. Para nós hoje foi pior, ela apenas começou. Durante a primeira semana, tivemos tempo de sobra para providenciar algumas coisas fundamentais e ainda curtir a cidade. Com tudo pronto para buscar trabalho e com o início das aulas, hoje começaram algumas das atividades que devem se manter pelos próximos meses. Logo cedo, tivemos de ir à escola fazer o teste de nivelamento, o que nos tomou praticamente toda a manhã. Ainda tivemos de comprar algumas coisas no supermercado. Depois disso, eu teria de almoçar e ir atrás do maior objetivo do meu dia: procurar emprego.

O dia já não havia começado bem quando acordei às 7h30. O tempo na cama não foi suficiente e o motivo é no mínimo curioso: uma proposta de emprego, algo que deveria ser normal e ainda uma ótima notícia senão fosse algo indecente. Recebi uma mensagem no celular afirmando que viu o meu perfil em um site no qual havia me cadastrado para buscar alguma vaga. A pessoa perguntou se eu estava interessado em um emprego urgente. Eu acordei, respondi animado que sim e perguntei do que se tratava. A resposta não foi objetiva, a pessoa apenas pediu que eu informasse meu peso e minha altura. Comecei a estranhar, pensando que era um tipo de trote ou algum dos guris me sacaneando. Então apenas perguntei quem era e questionei o motivo da pergunta. A resposta foi a seguinte: "Meu nome é Dee. Você sabe fazer massagem? Posso pagar $50 dólares a hora." Conhecendo a fama e o sucesso das casas de massagens tailandesas espalhadas por toda a cidade entendi o interesse da pessoa (eu não soube definir se era uma mulher ou um homem). Percebi que na verdade queria que eu prestasse serviços de massagem diferenciados, com outras finalidades, daqueles oferecidos para clientes com mais de 18 anos. Eu já não sabia se ria ou se xingava a pessoa. Nem respondi e tentei voltar a dormir, mas a pessoa insistiu. Tive que desligar o telefone e parecia que havia dormido por poucos minutos quando acordei mal-humorado.

Mesmo cansado, consegui ir ao centro com meu currículo. Tirei 20 cópias e percorri toda a George Street (principal avenida de Sydney), procurando restaurantes, bares e hotéis nos quais poderia pedir uma oportunidade. Voltei com apenas quatro currículos e nenhuma vaga, não se pode esperar que tudo seja assim tão rápido, devemos contar com a sorte, mesmo que aqui não haja muita restrição para empregar estrangeiros. Ouvi muitos "não temos vagas nesse momento, mas pode deixar o seu currículo", "precisamos de alguém com mais experiência no ramo", "pode deixar seu currículo que eu entrego amanhã ao gerente" e "precisamos de alguém a longo prazo, não apenas por seis meses". É assim que acontece, vamos insistindo, tentando o quanto pudermos enquanto não temos a sorte de estar no local e no momento certos. Eu prefiro fazer assim mesmo, bater na porta e olhar no olho do possível futuro chefe. Também é válido se registrar em sites de empregos, mas corremos o risco de acordar de madrugada com alguém pedindo para fazer massagem. Voltei pra casa às 21h30.

3 comentários:

  1. aHAUHUhhauhauhau me mijei rindo lendo este post :P Ninguém merece! Aproveita que vcs estão conhecendo brasileiros aí e tentem indicações de emprego ;) Conheço gente que foi para aí e conseguiu emprego sem ter que deixar CV em lugar algum. Sei que existem "barracas" ou tendas, sei la, que vendem sucos e pagam SUPER bem. Uma colega minha trabalhava 4hrs por dia, se nao me engano,3x por semana e ganhava $2mil por mes...tá bom,não?! ;)

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  2. Eu axo q vc deveria ter aceitado ser esse lance da kza de massagem ... afinal .. quem nao gosta de massagens :D :))))))))))))))))

    Aka Ryan & Rod

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  3. Ui ui, casa de massagens? suhaushauhsua
    Eu bem que gostaria de ver a cena...
    Se tu tivesse desesperado acho que esses 50 por hora valeriam a pena ein! ushauhsuahsua
    Brincadeira...
    Ve se acha um emprego logo aí ein! hehe
    Em todo o caso bota o alemão a trabalhar tocando violão na rua pra ve se descola uns cents pro jantar... suhaushaus

    Beijos, Déia.

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