sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Uma noite com tudo para dar errado

A festa brasileira à qual me referi no último post não foi a melhor parte da noite desta quinta. Vou contar alguns dos bons momentos a partir dos instantes seguintes à minha última postagem.

Estávamos começando a nos preparar para sair. Aproveitamos que seria uma festa brasileira para não ter pressa para chegar. Digo isso pois as festas dos aussies normalmente começam cedo, por volta das 21h. Consequentemente, as noites também acabam cedo, muitos clubs fecham em torno de 3h. Eu, Andrea e os guris começamos a abrir as cervejas que compramos na promoção, 24 Maxx Dry por $32. Logo em seguida, o gaúcho Leonel, que conhecemos no avião, apareceu com mais algumas garrafas.

Como as bebidas aqui são caras, essa foi uma das primeiras vezes que compramos cerveja em uma quantidade relativamente grande. Aqui na Austrália não se pode beber nas ruas. A multa para quem é pego com uma garrafa de bebida alcoólica fora de casa ou de um estabelecimento é de $200. Por isso, começamos a movimentação da noite ainda dentro de casa. O som foi aumentando e quando vimos todos cantávamos com as luzes apagadas.

Simplesmente esquecemos que temos dois novos moradores e que poderiam retornar a qualquer momento. Quando chegaram, nos surpreendemos com a reação. Sorriram, disseram que curtiam aquela música e perguntaram se a gente fazia bastante festa no apartamento. Respondemos que não é muito comum, já que normalmente saímos cedo. Bom saber que os espanhóis não se incomodam com bagunça e música alta.

Seguimos dançando e nos divertindo. Até que notamos que havia mais algúem tentando abrir a porta. 

- Quem estaria entrando se já estamos todos em casa? - perguntamo-nos.

Finalmente conseguiram abrir a porta. Era Thomaz, o proprietário do apartamento! Que azar, na única vez em que resolvemos fazer uma noite em casa com algumas bebidas chega ele, querendo ver como estavam os novos moradores!

Para o nosso alívio, ele riu e nos cumprimentou empolgado antes de chamar Alex e Cris, os espanhóis, para conversar no quarto. Tudo bem, seguimos nos divertindo normalmente. Thomas levou mais alguns minutos com eles e depois se despediu. Na manhã seguinte, ele nos enviaria um e-mail dizendo estar feliz que todos estamos convivendo bem, mas que devemos diminuir o volume da música e das vozes às 21h45 em dias de semana.

Todos estávamos quase prontos quando Andrea resolveu ir conosco à festa. Em 25 minutos ela chegava pela janela, pronta para nos acompanhar. Chegamos na estação à meia-noite e descobrimos não haver mais trens para o centro. Teríamos de esperar meia-hora para ir de ônibus. O destino era Darling Harbour, uma região turística cheia de opções para aproveitar a noite. Chegamos sob uma chuva forte e ainda teríamos de caminhar algumas quadras. Quando entramos, a festa estava vazia, apesar de a apresentação da Negra Li ter sido bem divulgada. Não poderíamos reclamar, afinal não gastamos um centavo sequer pela entrada.

Esperamos o ônibus, andamos na chuva e fomos a uma festa vazia. A noite tinha tudo para dar errado, mas nem percebemos esses detalhes. Quando se tem boas companhias, tudo fica divertido e qualquer noite pode se tornar inesquecível.

Um comentário:

  1. nada familiar .. fikar bebado cantando alto, com muito barulho, na casa do ryan .. ops agora eh na australia ...
    anyway, so mudou o lugar os abtos continuam os mesmos

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