258 caixas com mais de 10kg cada. Dividi o serviço com dois colegas da Indonésia. Trabalho duro, porém fácil. Em uma hora e meia estava tudo contado, conferido e posto no estoque. Eu era o mais rápido, queria mostrar disposição para o chefe, que apenas observava. Para completar as três horas mínimas de trabalho diário, fiquei na cozinha tirando a pele das costelas que seriam servidas no jantar. Às cinco horas da tarde, o gerente agradeceu pela minha ajuda com seu jeito seco e pediu que eu voltasse no dia seguinte com a roupa adequada para então fazer o teste de verdade.
Depois de sair do trabalho satisfeito com a minha tarde carregando caixas, lembrei de uma colega da aula dizendo que não aceita fazer alguns tipos de serviço independentemente da grana que fosse paga. Ouvi ela falar que não havia nascido para limpar a casa dos outros. Não seria preconceito desvalorizar um trabalho dessa maneira? O que será que ela pensa da pessoa que faz isso na casa dela? Será que a conhecia? Por que a função dela em um escritório de publicidade seria mais digno que o de uma empregada doméstica? Levando caixas, servindo clientes ou lavando carros a minha vida não seria pior, tampouco eu seria algúem diferente.

Uma das coisas incríveis dessa viagem é que ideias que nunca haviam passado de sonhos tornam-se possibilidades reais, consequência da independência que conquistamos. Se o teste que inicia amanhã der certo e eu conseguir essa oportunidade, já começarei a tocar os planos com os pés no chão. Caso contrário, tentarei encontrar outras maneiras, não importa através de que função, desde que eu me sinta bem e que possa alcançar meus objetivos.
Ótimo texto Daniel!
ResponderExcluirBoa sorte!
Estou lendo e torcendo por vocês.
Prof. Douglas
Falou tudo!
ResponderExcluirDará tudo certo amanhã Dani!
Acredite!
Beijos =)