terça-feira, 15 de março de 2011

Uma manhã entre coalas e cangurus


Cada segunda-feira, uma turma da escola tem passeio marcado. Nesta semana, foi a vez de eu e meus colegas saírmos. Não cheguei a falar sobre isso, mas quando voltei a estudar no turno da manhã troquei de curso, voltei ao General English para mais futuramente me dedicar à prova do IELTS. Nesta segunda, portanto, nada de estudar verbos, expressões ou textos. Passaríamos a manhã vendo os animais típicos da Austrália no Koala Park. Após quase três meses em Sydney, eu ainda não havia visto um marsupial sequer. 

Dizem que ver cangurus e coalas é obrigação para quem vem à Austrália. Não gosto desse tipo de colocação encontradas em "manuais de viajantes". Pior é quando se ouve algo do tipo: 'Como é que você foi a Paris e não entrou no Louvre?' Se não há curiosidade para ir a determinados lugares e conhecer alguma peculiaridade do destino, não há motivo real para aderir a esse tipo de exigência. Discutimos isso na aula alguns dias atrás. Há aquelas pessoas que se importam demais em tirar fotos e sentem necessidade de estar no registro. Tem gente que vem a Sydney e fica mais tempo vendo o Opera House pela tela da câmera do que a olho nu. Não seria mais interessante viver e sentir o momento? Não sou contrário à fotografia. Ando sempre com minha câmera (mais em função do blog), mas penso que a melhor recordação que podemos guardar fica na memória. 

Aquela manhã era algo que eu queria registrar. Tinha muito interesse de conhecer os tão diferentes animais. A minha câmera estava sem bateria, então pedi para usar o equipamento de uma colega e garantir algumas imagens para o blog. Pegamos um trem e um ônibus até chegarmos ao Koala Park.

Advanced in Koala Park
Aqui em Syndey há vários zoológicos e aquários para mostrar a fauna do país aos turistas. O Taronga Zoo e o Wild Life são os mais famosos. O Koala Park existe desde a primeira metade do século passado. Ele foi criado em uma região no norte de Sydney com o objetivo de preservar os coalas da região, que sofriam com a caça. A família que teve essa iniciativa é a mesma que administra o local atualmente, hoje na terceira geração. Esse zoológico não é tão grande nem tem uma estrutura nota dez, mas não deixa a desejar. Tivemos um momento muito agradável, ótimo para aumentar a intimidade da pequena turma. Inegavelmente aprendemos um vocabulário novo, ligado à natureza e algumas informações dos animais.

Todos estavam ansiosos para ver o coala, menos eu, que me interesso mais pelos cangurus. Porém, os animais que avistamos primeiro foram os da ala das aves.

Cockatoos (cacatua). Típicos também da Austrália, podemos ver esses pássaros sobre os postes de energia nas ruas.





Pavão (peacock)

Pinguim (penguin)
























 

Segundo a colega turca, o galo era um animal incrível. Inacreditável era o quanto ela havia se impressonado com aquele galo.
Depois de ver as colegas se impressionando com um galo no zoológico, pensei ter enxergado cães expostos para visitantes atrás de umas grades distantes. Cheguei mais perto perguntei se não seriam raposas. Responderam que aqueles animais são chamados de Dingo. São uma sub-espécie de lobo. Acredita-se que foi trazida da Ásia a milhares de anos pelos aborígenes. São parentes dos cães, mas são considerados cães selvagens. Já mataram seres humanos e são um problema para fazendeiros por darem prejuízo a criações de ovelhas. Apesar de serem perigosos são muito bonitos.

Dingo
Esperávamos o horário em que os coalas estariam disponíveis para entrarem em contato com os visitantes. Em dois momentos do dia, eles são retirados de onde estão para os turistas tocarem neles e tirarem algumas fotos.

Por mim poderia demorar, queria era ver os cangurus. Passamos por mais alguns animais que estavam dormindo dentro de suas jaulas e por outros que não ganhavam grande destaque, como morcegos enormes, que dormiam repugnantemente em suas asas peludas no fundo da jaula escura.

Íamos finalmente à área dos cangurus. Antes, no entanto, conhecemos um outro marsupial, menor mas quase tão interessante quanto o canguru. O wallaby.

Wallaby
Em seguida, chegamos a eles, meus amigos cangurus. Por trás do grupo, chegou o professor David com os saquinhos com erva.

- Podem entrar, vamos dar comida a eles - convidou entusiasmado.

Sem titubear, todos entramos na área dos cangurus com saquinhos de comida. Seria a primeira vez que os veria. Eram aqueles mesmo que eu enxergava na televisão. Quando chegamos, uns se assustaram e sairam pulando, outros vieram com fome e alguns sequer deram bola e ficaram deitados.

Um que estava deitado foi meu companheiro naquele momento. Sentei do lado e ofereci comida. Fique alimentando o bicho durante alguns minutos. Ele não havia levantado por preguiça, pois fome não faltava. A grande diferença de ver ao vivo é que torna-se possível sentir o bicho e suas reações. São, pelo menos os do zoológico, como cães ou gatos. Interagir com eles é conhecer sua personalidade. Essa era a grande experiência.

Esse amigão aí era faminto.
Bastou eu me levantar com a comida para ele se levantar junto e agarrar a minha mão procurando mais daquelas ervas.



Sentei novamente e fiquei mais um tempo dando comida pra ele. Até que dei um último afago e tive de ir embora.


Estava na hora de ver os coalas. Uma pequena fila se formava para chegar perto do animal. Todos a postos para abraçar o coala e tirar uma foto agarrado nele. Realmente ele parece um bicho de pelúcia, tanto pela aparência quanto pela movimentação. Ele é considerado o bicho-preguiça da Austrália por se movimentar lentamente e viver agarrado nas árvores. Todos estavam dormindo nos galhos, ou pelo menos pareciam estar dormindo. Aprendi que a lentidão deles é devida à alimentação. Eles comem ervas que possuem uma grande quantidade de toxinas. Essas substâncias exigem um longo e intenso processo para serem digeridas no organismo dos coalas. Com essa exigência do sistema digestivo, eles poupam energia e ficam nessa moleza toda.


Não resisti e tive que abraçar o coala. Talvez ele nem se sentisse ou percebesse nada, tamanho era seu estado de sonolência. Juntei-me aos visitantes afoitos por uma foto. Naquele momento eu me tornava um daqueles turistas típicos obedecendo a ordem dos manuais. Nem me importei, pois aquilo realmente me animava. Talvez tenha me animado tanto com aquele animal que exagerei no abraço. Quando envolvi o coala ele se moveu, coisa rara no dia-a-dia deles. Fui capaz de fazer ele levantar a para e ameaçar dar um passo para frente para se desvencilhar do meu abraço. Fui alertado pela instrutora para apenas encostar. Tirei a foto, dei mais um afago e fui-me embora. Grande manhã!


Quem se interessar pode clicar no link para ver os detalhes do Koala Park.

4 comentários:

  1. QUE BUNITINHOOOOO...O COALA!!! RSRS
    RR

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  2. que lindosssss os bichinhosss, os cangurus são mtooo fofossss... e esse abraço de coala tbm quero experimentar...

    beijos

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  3. Olá Daniel, tudo bem?
    Estou indo pra Sydney daqui 1 semana e tenho acompanhado teu blog...Parabéns, muito legal!!!
    Beijos!

    By the way, bela camisa do TRICOLOR!!! hehe
    Também sou gaúcha!

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  4. Oi Dani, olha, fala sério!!!!!!!!!!!!!!
    Tu saiu daqui para "desbravar" a Austrália, conhecer gente legal, viver novas experiências, etc...etc...
    Se poderia até dizer um gaúcho vencendo a Austrália...meio cliche mas tudo bem é o que eu tenho de inspiração para o momento.
    Os textos são excepcionais, instigantes, inteligentes agora....melhora as fotos
    TIRA ESTA CAMISETA DO GREMIO PÔ QUE SACANAGEM É ESTA...RSRSR
    Brasileiro fora do Brasil é só brasileiro...ahahahah
    Bjs parabéns esta ótimo te seguir por aqui.
    PS. vou te mandar um email com o contato do filho de um amigo que já esta aí tem mais de dois anos.

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