Duas semanas atrás, tivemos uma segunda-feira ainda mais especial.
João, Nick, eu e duas amigas suíças, Nicole e Jasmin, combinamos de sair mais cedo de casa para um programa diferente. Alguns deles teriam de trabalhar ou estudar na manhã seguinte, mas nada impedia que eles aproveitassem as primeiras horas do dia de uma maneira espetacular.

Saímos às 4h de casa. Encontramos as gurias em Bondi Junction e rumamos à praia que dá nome à região. Percorreríamos o caminho que liga a praia de Bondi a Tamarama e Bronte (ambiente cuja beleza relatei no blog ainda no dia 28 de janeiro). Nem chegaríamos à segunda praia; o local perfeito para acompanharmos o nascer do sol da segunda-feira ficava na ponta do morro à beira do oceano com a vista de Bondi à esquerda.
O caminho entre as rochas ainda estava escuro e deserto quando chegamos. As companhias sempre agradabilíssimas faziam o momento ainda mais especial em uma calma que predominava diante de qualquer coisa. A brisa do mar refrescava antes que o sol aparecesse fortemente para dar-nos um dia de muito calor. As nuvens não haviam aparecido, sinal de que teríamos um céu limpo para a chegada do sol.
Largamos as mochilas. As gurias tiravam suas máquinas fotográficas das bolsas para registrar o momento quando o preto já dava lugar ao azul e a um leve laranja na linha do horizonte.


- Baleias! - Jasmin quebrou delicadamente o silêncio e os pensamentos íntimos de cada um indicando algo no meio do oceano. Os que já estavam em leve sono, despertaram para admirar.
Aquilo era o que faltava. Avistamos claramente duas ou três enormes baleias que se movimentavam na superfície.
Ali nascia mais uma linda segunda-feira. Excepcional. Inesquecível. Depois de algumas horas de contemplação, seríamos os primeiros clientes de um simples café na beira da praia. Comeríamos ovos, bacon, vitaminas e pão. Um café da manhã que não costumamos ter. Barato e perfeito para completar um perfeito início de dia.
Não falta muito para eu voltar ao meu local de origem. Não quero deixar que esse tipo de momento deixe de fazer parte das minhas semanas. Se há algo que aprendi nesse continente, é que podemos escolher nossa rotina. E que se a escolha não for boa, não há nada mais importante do que buscar outra. Se a rotina não agradar, deve ser mudada. Essa é a liberdade que normalmente não percebemos ter.
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