Conhecemos Robinson ainda em Bali. Desde lá, ele faria parte de todas as nossas aventuras durante as férias. Também brasileiro e também vivendo em Sydney, estava, assim como nós, em busca de praia e festa. Robinson uniu-se definitivamente a mim, Murillo, Dudi e Leonel. Formamos um time. Vivenciamos aventuras, fomos a lugares paradisíacos e conhecemos gente da Ásia, da Oceania e principalmente da Europa. Pois foi justamente uma européia que conquistou Robinson e que ficará guardada nas melhores lembranças de suas férias.
Estávamos já em Koh Phi Phi, na Tailândia, o último local que conheceríamos e também o mais belo. Se algum lugar na terra se aproxima do paraíso, esse lugar é Koh Phi Phi, uma ilha minúscula, sem carros, com água do mar quente e cristalina, cheia de jovens e de comida boa. Acordávamos para andar de barco entre as gigantescas rochas inexplicavelmente colocadas no meio do oceano, para mergulhar entre os peixes, para fazer trilhas e para comer dezenas de baratíssimos picolés. Apesar de toda a diversão sob a luz do sol, não parávamos de pensar, durante cada atividade, em como seria a noite nas festas à beira do mar.
Na primeira noite em Koh Phi Phi, a ansiedade superava o cansaço acumulado das duas semanas de férias que já haviam passado. Estávamos mais dispostos do que nunca. Chegando à orla, descobrimos que as noites naquela ilha seriam bem parecidas com as de Koh Phangan, à beira-mar, com competições valendo drinks e com os famosos baldinhos, combinações baratas (e de origem duvidosa) de bebidas servidas em baldes coloridos.
Robinson havia se perdido do grupo quando encontrou um de nós conversando com duas garotas. Seu amigo estava visivelmente interessado em uma delas. Robinson, porém, mal havia notado a garota loira que atraía a atenção do outro. Assim que os avistou, seus olhos se voltaram diretamente à morena. Eles foram apresentados e logo estavam conversando sentados na areia. A simpatia da morena parecia aumentar no decorrer da conversa. O luar refletido na água combinado com a beleza daquela orla faziam o momento se tornar especial. Robinson não parava de admirar aquela inglesa, Jolie, de 24 anos, linda como nenhuma outra inglesa já vista por ele. Ele não imaginava que poderia se interessar ainda mais pela garota. Até que começaram a falar sobre suas profissões.
- Eu fico de férias aqui em Phi Phi até depois de amanhã, quando volto para Dubai - contou a inglesa.
- Para Dubai? Mas você não é inglesa? - questionou.
- Sou, mas moro em Dubai por causa da minha profissão - respondeu a garota.
- O que você faz?
- Sou comissária de bordo da Emirates.
A informação demorou alguns segundos para ser processada. Ela era comissária de bordo! Linda, simpática, 24 anos, inglesa, residente em Dubai e AEROMOÇA. Aeromoça da Emirates! Robinson sempre sonhara em conhecer uma aeromoça. Sempre que andava de avião, admirava os sorrisos e a simpatia das diferentes mulheres que o atendiam. Sempre imaginara o dia em que teria a oportunidade de desarmar o penteado impecável de uma aeromoça. Não era à toa que o penteado daquela garota tinha chamado sua atenção...
Robinson estava ainda mais encantado. Continuou a conversa interessadíssimo. Queria ouvir as histórias de cada país para onde ela havia viajado. Queria saber tudo sobre a vida nos ares. Queria desvendar os mistérios da intimidade de uma aeromoça.
No dia seguinte, Robinson falou inúmeras vezes sobre sua longa noite para seus amigos. Enquanto eles estavam ansiosos por mais uma festa, ele só pensava em encontrar novamente a inglesa.
Chegou cedo à festa para procurá-la. Acharam-se rapidamente como se estivessem em busca um do outro. Tiveram uma conversa tão agradável quanto a da noite anterior e dançaram, no bar mais vazio da orla, a música preferida da inglesa antes de saírem da praia abraçados. Já pela manhã, se despediram no hotel de Robinson.
No terceiro dia em Koh Phi Phi, Robinson contaria sobre a segunda noite perfeita que tivera ao lado da inglesa. Seus amigos contestavam a ideia de ele ver a garota todas as noites ao invés de curtir com eles e de conhecer pessoas diferentes, mas para ele não havia maneira melhor de aproveitar ao máximo aquele lugar. Estava decidido a encontrá-la novamente.
A vontade de rever Jodie não havia diminuído, mas uma forte febre pegou Robinson de surpresa e o deixou indisposto para aproveitar a noite intensamente. De qualquer modo, foi à praia procurar por Jolie. Afinal, era a última noite da inglesa na ilha antes de voltar a Dubai.
Mais uma vez, encontraram-se nas primeiras horas de festa. Sob uma chuva insistente, Robinson não estava bem.
- Jolie, eu não estou me sentindo bem. Preciso voltar para o quarto para dormir e me recuperar. Vim aqui só para me despedir de você.
- Que pena... Mas o que você tem? - Jolie falou.
- Estou com febre, acho que tenho descansado muito pouco...
- Tudo bem, melhor dormir então. Mas não precisa se despedir, ainda vamos nos encontrar - falou antes de beijá-lo.
Robinson voltou ao hotel imaginando se realmente voltaria a ver Jolie. Cansado e febril, dormiu profundamente.
- Ei, acorda... - Alguém cochichou, cutucando o pé de Robinson.
Com a pouca luz que entrava pela janela, Robinson reconheceu a silhueta de Jolie dentro de seu quarto ainda molhada pela chuva.
- Falei que ainda nos veríamos. A festa lá na praia acabou. Vim te dizer boa noite - disse Jolie com um tom delicado.
- Que surpresa! Não esperava que viesse até aqui... Aliás, como você chegou? - perguntou Robinson.
- Lembro exatamente o caminho que fizemos ontem. Eu ia bater na porta, mas ela estava aberta e eu entrei. Eu queria te dar mais um beijo. Foi muito bom te conhecer! - respondeu Jolie.
- Gostei muito de te conhecer também. Fiquei feliz por você vir se despedir.
- Não precisamos nos despedir. Esqueceu que sou aeromoça? Nos próximos meses vou para Sydney pelo menos uma vez, então a gente se vê. E, quando você já estiver no Brasil, talvez eu passe por lá também. É só combinarmos - falou sorridente.
Com a aparição no meio da madrugada, Jolie conquistou Robinson definitivamente e ele passou a gostar mais do que nunca de aeromoças. Hoje, em Sydney, Robinson segue esperando o dia em que poderá desarmar mais uma vez o penteado de Jolie.
tem gente que tem sorte nessa vida, agora deus nao da asa a cobras como eu hehehe essa historia me deixou ate de p duro!
ResponderExcluirE ai irmao,
ResponderExcluirótima postagem, mto bom recordar essas historias..
Só tem q arrumar o nome do nosso grande amigo no final do primeiro paragrafo :P
abraçao!
Aaaa faltou falar da intensa noite de sexo hahahaha
ResponderExcluirCara acho que te vi na Coyote Tuesday? Ou estou errado?
Correção feita, valeu Murillo! Abração!
ResponderExcluirhahaha essas partes ficam na imaginação... Coyote era o lugar que recebeu a festa do The Gaff? Se sim, está certo. Abraços!
Daniel vc tem algum conhecido que está voltando para o Brasil?
ResponderExcluirPreciso muitooo comprar dólar australiano cara qlq coisa
willgomes_aj@hotmail.com
Abraços
Isso mesmo foi a festa do The Gaff
ResponderExcluirAhhhhhhh putão rsrs
Daniel ,
ResponderExcluirvoce escreve muito bem devia escrever um livro brevemente, talves uma das coisas que deveria pensar seriamente quando chegar no brasil.
Henrique